naqueles dias
os conflitos eram intensos.
homens com pés castigados
famintos, de muitas fomes.
mulheres desesperadas
rogavam ao sol,
rogavam na igreja
mas os homens de poder
arrastavam os homens de suas mulheres
valas, celas, buracos, estradas sem retornos.
rogavam as mulheres à lua
esquecidas das panelas,
esquecidas de dar o peito
as crianças sedentas viravam espantalhos.
naqueles dias de cárcere
de lágrimas que queimavam as faces,
de tão choradas e incontroláveis
eu fugia a esconder.me dos homens de roupas verdes,
de paus em punho: incendiários de vidas.
assisti a primeira derrota na contínua luta
do sempre contra o jamais.
foto lara pires
(já ninguém usa o travessão? )
ResponderExcluirolha, gostei do que li apesar de violento
bom dia
"...do sempre contra o jamais."
ResponderExcluirHaverá muita diferença... nos extremos?
Um abraço.
cumpadre Cordda
ResponderExcluirolhe venha.se pr'ó mê deserte qu'aqui nã há homes vestides de verde ... agente nã acredita dos ovnis e muite menes dos extra.terrestres ... mas s'a su luta continua agente vames a eles ... à molhada que fage más efête ... é só mecêa chamare c'agente vai.se a eles
bejes cumpadre ... é vou.me já de caminhe ... quere ficare do camarote da frente
Durães
ResponderExcluirviolento? nem cheguei perto.
cordda
Santiago
ResponderExcluirdiz.me dos extremos.
cordda
Sr. do Deserto
ResponderExcluiragora sei onde encontrar gente de fibra.
seu deserto está a ensinar.me.
um abraço cumpadre
cordda
Gosto da foto :)
ResponderExcluirÉ uma surpresa encontrar esta página! Fico contente por teres encontrado nela a ilustração para o poema (e já agora por colocares a autoria).
Continuação de um bom trabalho,
Lara Pires