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segunda-feira, 11 de dezembro de 2006

terra ... passagem


ouvir

o

silêncio.

ouvi

o

silêncio

das folhas...




.....

de um pedaço de terra

fiz passagem

destino selado mais a golpes

do que gestos em lume...que aliviassem


declarei guerra a intolerância.tinha medo

naquela época, do esquecimento ou de jamais poder deslembrar


tive medo...

enquanto caminhava pelas veredas,

pelos bosques.


não me sabia pertencer a qual espaço

me sentia de tantos lugares

me sentia preso a tantos destinos...

mas desejava-me dissidente...

assim e tão somente

buscava momentos de solidão

onde os meus sonhos, moldados, livres

sem ninguém a percebe-los.


usava a bruma das noites frescas do inverno

para arrefecer.me o medo

conhecer.me alma e corpo

natureza e pensar...


sabia.me transgressor

das realidades diante e ao redor de mim...


elas eram parte viva e latente

poderosamente latente

de minha vida

cabia.me aprender a usá-las.reconhece.las.

saber ve.las até mesmo sem olhar.

foto de alexandre costa

6 comentários:

  1. Tão eloquente... o silêncio e... o teu poema!
    Marrocos?
    Um abraço!

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  2. :) pois Marrocos... e eu sou de Bragança, à saída de Sintra. ;)

    Belo andar, ainda que com medo. A dissidência assusta mas no início apenas.

    Bjs

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  3. cordda

    "ver sem olhar"...


    privilégio.

    della

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  4. Santiago

    De Marrocos vai outro pra ti.

    agradeço.


    cordda

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  5. Farpa


    Sintra...Bragança...belezas inesquecíveis.

    assustou.me de início...já passou.


    cordda

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  6. Porther


    tento. tento.

    quero ver até sem olhar.


    cordda

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