chamam.me apanhador
eram centenas delas
almas que um dia vi
o lugar grande, árvores centenárias
concreto, terra,
escura e esfumaçada terra
todo o lugar
história de um tempo
eram muitas as almas
lembro.me
ouvi.as,
vi.as
estavam lá ansiosas
eu apanhava cada uma delas
trazi.as com minhas mãos
caminhavam para o lado
em que morno era o sol
era o outro lado
que deixava.as
as almas intensas
surreal dia em que vivi
de pé
ao portão com centenas de almas
faces...voltadas para o branco céu
eram almas...sem morte
só almas que a mim cabia
levar para o outro lado
deixei.as ao fim daquele estranho dia
.....
mas,
ainda
chamam.me apanhador
pois que um dia
fui apanhador de almas
foto Ilona Wellmann
::::::::::::::::::)
ResponderExcluirantes apanhador de almas do que de ameijoas ... a apanha aos moluscos está interditada ... em Portugal ... malandros!!!!!
ResponderExcluir"uma vez, na rua, cruzei-me com um apanhador de conchas. tinha os olhos feridos pelo sal, as mãos abertas pelo ácido das marés os lábios gretados por versos inacabados. recitou-me fórmulas do campo; anunciou-me a verdade de antigas profecias. olhei para cima: e o céu continuava azul, como se nada se passasse. mas ele abriu o cesto das conchas; e um movimento de caranguejos mostrou-me o fundo da existência. talvez eu estivesse a falar com um morto; ou as suas palavras me distraíssem do verdadeiro significado das coisas."para que serve a poesia, afinal"? e continuou o seu caminho, para que eu seguisse o meu, como se nunca nos tivéssemos encontrado".
ResponderExcluirnuno júdice, as coisas mais simples
o seu texto fez-me pensar neste. ambos muito bons. um beijinho.
a sério: calou fundo, seu Poema!Belo!
ResponderExcluir(ai, ai as ameijoas!)
:-)
GraTa, cordda!
Holeart
ResponderExcluir:)obrigado.
cordda
Martins
ResponderExcluirpor certo.
deixar a natureza no seu canto.
Cordda
Alice
ResponderExcluirobrigado.gostei de tua visita.
Cordda
Moura
ResponderExcluireu é que agradeço.
Cordda